INAYAH – Life after Gods é um jogo que vem chamando a atenção dos fãs de metroidvania e action-platformers, mesclando elementos clássicos do gênero com uma identidade visual marcante e mecânicas de combate dinâmicas. Após horas de gameplay, é possível afirmar que o jogo tem seus altos e baixos, mas oferece uma experiência cativante o suficiente para manter os jogadores engajados até o final.
Gráficos e Direção de Arte
Um dos maiores destaques de INAYAH – Life after Gods é, sem dúvida, sua apresentação visual. Os cenários são ricamente detalhados, com biomas distintos que variam desde florestas exuberantes até ruínas pós-apocalípticas, cada um com sua própria paleta de cores e atmosfera. A arte lembra títulos como Afterimage, com um estilo que equilibra beleza e melancolia, reforçando a narrativa de um mundo abandonado pelos deuses.

No entanto, alguns jogadores podem achar que o background excessivamente ativo atrapalha a visibilidade, especialmente em áreas com muitos inimigos ou efeitos de partícula, como a névoa lançada por certos adversários. Uma solução simples, como um leve desfoque nos planos de fundo, melhoraria muito a jogabilidade.
Jogabilidade e Combate
O jogo oferece três armas principais, cada uma com seu próprio estilo de jogo e árvore de habilidades expansiva:
- Uma espada que permite saltos elevados e movimentos ágeis.
- Um mangual com ataques de corrente para ataques à distância.
- Manoplas que possibilitam escalar paredes específicas.
O combate é fluido e responsivo, embora alguns jogadores possam acabar recorrendo a apenas uma arma preferida, ignorando parte da variedade proposta. A ausência de dano por contato com inimigos é um acerto, tornando o jogo mais acessível sem sacrificar o desafio.

A dificuldade é ajustável, permitindo que jogadores personalizem a experiência — você pode reduzir a complexidade dos platformings enquanto mantém a batalha em níveis mais desafiadores.
Narrativa e Personagens
A história de INAYAH é envolvente, mas um tanto críptica nos primeiros momentos. A ambientação conta muito da narrativa, com detalhes visuais que sugerem um mundo em ruínas. No entanto, os diálogos são considerados por muitos como “toporrentos”, e a falta de close-ups ou retratos durante as conversas dificulta a conexão emocional com os personagens.
A dublagem da protagonista divide opiniões, sendo considerada inferior à dos outros personagens. Além disso, a trilha sonora, embora imersiva, tem momentos de silêncio que quebram um pouco o ritmo.
Pontos de Melhoria
Alguns elementos poderiam ser refinados:
- Efeitos de névoa: Inimigos que lançam fumaça podem ser frustrantes, atrapalhando a movimentação e o platforming.
- Visibilidade de cenário: Dentro de uma mesma zona, as áreas podem parecer muito similares, obrigando o jogador a consultar o mapa com frequência.
- Saves estratégicos: Algumas seções, como a que antecede um chefe desafiador, carecem de pontos de salvamento próximos, aumentando a frustração.

Veredito Final: Vale a Pena Jogar?
Apesar de suas falhas, INAYAH – Life after Gods é um jogo que consegue cativar. Sua direção de arte, combate satisfatório e progressão não-linear compensam os problemas pontuais. Não é uma revolução no gênero como Hollow Knight ou Ori, mas é uma experiência sólida para fãs de metroidvanias.
Se você busca um jogo com visuais deslumbrantes, desafios ajustáveis e uma jogabilidade fluida, INAYAH merece sua atenção. Experimente e deixe-se levar por seu mundo pós-apocalíptico repleto de mistérios.
Um metroidvania competente, com personalidade e potencial para agradar os fãs do gênero.
NÃO DEIXE DE CONFERIR MAIS REVIEWS AQUI OU NA NOSSA CURADORIA NA STEAM.