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Review – BrokenLore: DON’T WATCH

Se você é fã de jogos de terror que apostam mais na atmosfera do que em jumpscares baratos, BrokenLore: DON’T WATCH pode ser a experiência perturbadora que você procura. Desenvolvido com uma narrativa intensa e um design de som imersivo, este jogo mergulha o jogador na mente de um hikikomori (um jovem que se isola do mundo) e transforma seus medos em uma jornada claustrofóbica e angustiante.

Mas será que o jogo entrega tudo o que promete? E mais: vale a pena investir seu tempo e dinheiro nele? Vamos destrinchar cada aspecto deste terror psicológico em uma análise completa!

Uma História que Cutuca a Mente

Em BrokenLore: DON’T WATCH, você assume o papel de Shinji, um jovem que vive trancado em seu quarto, fugindo da realidade. A narrativa explora de forma crua os desafios de ser um hikikomori, um problema social grave no Japão (e que também existe em outras partes do mundo). A solidão, a pressão familiar e o medo do mundo exterior são retratados de maneira visceral, criando uma identificação imediata com o protagonista.

O jogo não depende de diálogos extensos para contar sua história. Em vez disso, usa ambientação, sons e símbolos para transmitir a angústia de Shinji. Há momentos em que você sente o peso da rotina monótona do personagem, tornando a experiência ainda mais imersiva.

E então… algo invade essa rotina. Algo assustador.

Terror sem Jumpscares? Sim, e Funciona!

Diferente de muitos jogos de terror que abusam de sustos repentinos, BrokenLore: DON’T WATCH cria medo através da tensão psicológica. O design de som é excepcional, passos distantes, sussurros, batidas nas paredes… tudo contribui para uma atmosfera opressiva. A trilha sonora também merece destaque, aumentando a sensação de desespero conforme você avança.

Os inimigos do jogo são criaturas bem conceituadas, especialmente o Hyakume, um youkai (espírito japonês) coberto de olhos. Na mitologia, essa criatura apenas assusta pessoas, mas aqui ela ganha um papel mais ativo, perseguindo Shinji de forma implacável. Alguns fãs de folclore japonês podem estranhar essa liberdade criativa, mas dentro do contexto do jogo, funciona bem.

Gameplay Minimalista – Fuja ou Enfrente Seus Medos

Se você espera um jogo cheio de ação e combate, BrokenLore: DON’T WATCH não é para você. A jogabilidade é minimalista, focada em sobrevivência e fuga. Você não enfrenta os monstros diretamente – em vez disso, precisa esconder-se, correr ou usar mecânicas específicas para sobreviver.

Uma adição interessante é a habilidade de fechar os olhos com as mãos, reduzindo a visão, mas evitando que o Hyakume te detecte. Há também um canivete para destruir os olhos espalhados pelo cenário, que funcionam como armadilhas. Essas mecânicas simples, mas eficazes, mantêm o jogo dinâmico sem perder o tom sombrio.

No entanto, nem tudo são flores. Uma parte do jogo se passa em um mundo retrô estilo PS1, onde Shinji precisa desligar TVs que representam expectativas sociais. Apesar da ideia interessante, essa seção pode parecer arrastada e um pouco fora do tom principal. Alguns jogadores podem achar esse segmento cansativo, já que o monstro dessa fase não é tão ameaçador quanto deveria.

Dois Finais e Replayability

BrokenLore: DON’T WATCH é um jogo curto – em cerca de 1 hora, você pode ver um dos finais. Porém, se quiser explorar tudo e desbloquear o segundo final + conquistas, prepare-se para 2 a 3 horas de gameplay.

A duração pode ser um ponto negativo para alguns, mas a verdade é que o jogo não enrola. Ele conta sua história de forma concisa, sem enchimento desnecessário. Se você gosta de narrativas densas e atmosfera imersiva, vai sentir que valeu cada minuto.

Veredito Final: Vale a Pena Jogar?

BrokenLore: DON’T WATCH é uma experiência única no gênero de terror psicológico. Ele brilha em sua narrativa sombria, design de som impecável e criaturas bem desenhadas. Apesar de algumas escolhas questionáveis (como a fase do PS1) e uma liberdade criativa com o folclore japonês, o jogo entrega uma história impactante sobre isolamento e medo.

Se você procura um terror mais cerebral, com uma jogabilidade simples mas eficaz, esse jogo é uma ótima pedida. No entanto, se prefere ação frenética ou sustos a todo momento, pode não ser a melhor escolha.

Vale a pena jogar? Se você curte terror psicológico e histórias profundas, sim! Mas se busca algo mais longo ou repleto de ação, talvez espere uma promoção.

E aí, vai encarar o medo em BrokenLore: DON’T WATCH?

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Apaixonado por games desde sempre, tive o prazer de acompanhar grande parte da evolução dos games. RPG, Ação, Aventura, FPS, etc jogo de tudo.

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