Se você está em busca de uma experiência única, repleta de magia, arte e narrativa envolvente, Once Upon A Puppet é o jogo que você não pode deixar passar. Mesmo lançado em meio a gigantes como Oblivion e Clair Obscur: Expedition 33, este título indie brilha com personalidade própria, oferecendo uma aventura que mistura conto de fadas, teatro de marionetes e uma estética visual deslumbrante.
Uma Obra de Arte Interativa
Logo nos primeiros minutos, Once Upon A Puppet cativa com sua direção artística impecável. O jogo se passa em um mundo que parece saído diretamente de um palco de teatro, com cenários de papelão, marionetes suspensas por fios e uma atmosfera que lembra Little Nightmares e Deponia, mas com um toque mais lúdico e poético. A trilha sonora e os efeitos sonoros são tão bem trabalhados que jogar de fones de ouvido é quase uma obrigação – cada passo, cada movimento das cordas das marionetes e cada nota musical contribuem para uma imersão profunda.
A animação é fluida e cheia de charme, especialmente a maneira como os personagens se movem, como se fossem realmente controlados por um mestre de marionetes. Os visuais são uma mistura de artesanal e sombrio, com tons que variam entre o melancólico e o esperançoso, reforçando a narrativa sobre personagens marginalizados em busca de redenção.
Uma História que Encanta e Comove
A narrativa de Once Upon A Puppet é seu maior trunfo. O jogo conta a história de Nieve, uma tecelã exilada nos bastidores do teatro, e Drev, uma marionete ambiciosa e inocente. Quando um acidente os une literalmente por um fio, eles embarcam em uma jornada para retornar ao palco principal, desvendando segredos sombrios sobre o reino teatral pelo caminho.
A temática de esperança e luta contra a adversidade é tocante, e os diálogos são escritos com maestria, cheios de personalidade e emoção. Apesar de ser uma história aparentemente infantil, há camadas profundas que adultos vão apreciar, especialmente com referências sutis a Shakespeare e outras obras clássicas.
Gameplay Relaxante e Criativo
Em termos de jogabilidade, Once Upon A Puppet é um puzzle-platformer linear e de ritmo tranquilo. A maior parte dos desafios envolve empurrar caixas, puxar alavancas e navegar por cenários, com pouca ênfase em combate. O jogo não é difícil – até mesmo os segmentos de fuga ou os poucos inimigos que aparecem são bem acessíveis –, mas isso não é um defeito. Ele sabe que seu foco está na experiência narrativa e na atmosfera, não em testar suas habilidades reflexivas.
Uma mecânica interessante é o controle simultâneo de Nieve e Drev, já que eles estão conectados por fios. Isso poderia ser frustrante, mas os desenvolvedores acertaram na dose, tornando o controle intuitivo e divertido, sem exigir coordenação excessiva do jogador.
Além disso, há colecionáveis espalhados pelo mundo, como trajes alternativos (puramente cosméticos, mas adoráveis) e fragmentos de história que expandem o lore. Explorar os cenários em busca desses segredos é recompensador, especialmente porque alguns desbloqueiam diálogos especiais com NPCs.
Pequenos Defeitos que Não Arranham a Experiência
Nenhum jogo é perfeito, e Once Upon A Puppet tem suas falhas. Alguns jogadores relataram bugs visuais menores, como modelos se distorcendo em certas posições, mas nada que quebre o jogo. Outra crítica é a falta de remapeamento de botões no controle – um pecado capital para quem tem preferências específicas ou limitações físicas.
Além disso, o jogo é curto (cerca de 7 a 8 horas para conclusão total), o que pode deixar alguns jogadores querendo mais. Mas, considerando a qualidade da experiência, é um tempo bem aproveitado.
Veredito Final: Um Conto de Fadas que Vale a Pena ser Vivido
Once Upon A Puppet é uma obra-prima indie que merece muito mais reconhecimento. Com sua arte deslumbrante, narrativa emocionante e jogabilidade acessível, ele é perfeito para quem busca uma experiência relaxante, mas profundamente cativante. Se você gosta de jogos como Little Nightmares, Limbo ou The Nightmare Before Christmas, este título vai conquistar seu coração.
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