Se você está procurando um action RPG com um combate desafiador e um sistema de loot interessante, Empyreal pode ter chamado sua atenção. Mas será que ele entrega uma experiência satisfatória ou acaba sendo mais frustrante do que divertido? Depois de mergulhar fundo nesse mundo, trago uma análise detalhada sobre o que funciona e o que peca nesse jogo que promete, mas nem sempre cumpre.
Combate: O Coração (e a Dor de Cabeça) de Empyreal
O combate em Empyreal é o grande destaque, mas também a maior fonte de frustração. O jogo tenta capturar a essência de um Soulslike, com esquivas, bloqueios e ataques precisos, mas acaba tropeçando em decisões estranhas que tornam a experiência inconsistente.
As armas são um ponto crucial. O trailer mostra movimentos fluidos e impactantes, mas na prática, muitas delas parecem incompletas. A clássica combinação de machado e escudo, por exemplo, tem apenas um ataque básico e uma carga, além da habilidade de bloquear. É uma arma fácil de usar, mas extremamente limitada – o que a torna entediante depois de um tempo.
Já o glaive é onde a diversão realmente brilha. Rápido, com movimentos fluidos e ataques mais dinâmicos, ele é a melhor escolha para quem quer aproveitar o combate. O problema? O jogo mistura esquiva e bloqueio no mesmo botão, fazendo com que você acabe rolando para o lado quando queria se defender – muitas vezes direto para um ataque inimigo.
E então temos a canhão, que, sinceramente, é entediante. Mesmo com habilidades especiais desbloqueadas, ela não consegue competir com a agilidade do glaive ou a simplicidade do machado.
O maior problema do combate, porém, é a falta de trava manual nos inimigos. O jogo escolhe aleatoriamente quem você está mirando, o que vira um caos quando você está cercado. Inimigos fora da tela desferem golpes absurdamente fortes, e muitas vezes você fica preso em animações de ataques especiais, incapaz de se defender enquanto é massacrado.
Progressão e Customização: Um Sistema Confuso e Limitado
Se você espera um RPG com progressão tradicional, prepare-se para uma surpresa. Em Empyreal, seu nível é definido pela média do nível do seu equipamento. Isso significa que, para ficar mais forte, você precisa encontrar itens melhores – o que seria interessante se o sistema de loot não fosse tão frustrante.
A maioria dos itens que você encontra tem atributos horríveis, mesmo sendo de nível mais alto. Você pode modificar alguns deles, mas na maioria das vezes isso apenas substitui uma habilidade por outra, em vez de melhorá-la. O resultado? Você fica preso em um ciclo de farm infinito, tentando achar uma peça decente para progredir.
E aqui vem outro problema: o jogo não explica direito como vender itens. Descobri depois de 5 horas que precisava conversar com o bartender para isso. Sim, o bartender. Não a loja óbvia no hub, não um NPC marcado como “mercador” o cara que serve drinks. Sério?
História: Boas Ideias, Má Execução
Se você gosta de RPGs com narrativa envolvente, pode se decepcionar. A história de Empyreal parece ter sido montada aleatoriamente, como se os desenvolvedores tivessem jogado ideias no ar e montado a trama com o que caiu no chão.
Missões são vagas, o enredo parece desconexo, e você passa boa parte do tempo sem entender muito bem o que está acontecendo. Não que isso seja um problema para todo mundo – muitos jogadores focam apenas no combate e no loot –, mas se você esperava uma campanha cativante, prepare-se para uma experiência medíocre.
Veredito Final: Vale a Pena?
Empyreal tem potencial. O combate, quando funciona, é satisfatório, e o sistema de loot poderia ser interessante se melhor ajustado. Mas as decisões questionáveis como a falta de trava em inimigos, a progressão confusa e o grind excessivo acabam sufocando o que poderia ser um ótimo jogo.
Se você é fã de action RPGs difíceis e não se importa com repetição, pode achar algo de valor aqui. Mas se você busca uma experiência mais polida, com progressão bem-feita e combate fluido, talvez seja melhor esperar por atualizações ou partir para outras opções.
No fim, Empyreal é como um diamante bruto: tem brilho, mas precisa ser muito mais lapidado para realmente valer a pena.
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