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Gal Guardians: Servants of the Dark – Análise Completa e Detalhada

Gal Guardians: Servants of the Dark é um metroidvania desenvolvido pela Inti Creates que traz uma experiência mais refinada em comparação ao seu antecessor, corrigindo vários problemas e introduzindo novas mecânicas. O jogo mantém a essência clássica do gênero, com exploração, combate dinâmico e upgrades progressivos, mas também apresenta algumas falhas que impedem que ele brilhe em seu potencial máximo.

Jogabilidade e Melhorias em Relação ao Primeiro Jogo

Uma das maiores críticas ao título anterior era a disparidade entre os dois personagens jogáveis, onde um deles se sentia mais como um complemento do que um protagonista de fato. Em Gal Guardians: Servants of the Dark, isso foi ajustado: ambos os personagens agora possuem a mesma quantidade de HP e habilidades únicas, tornando a jogabilidade mais equilibrada e divertida, seja no modo single-player ou cooperativo.

Outro ponto positivo foi a remoção dos death pits (buracos letais) como um obstáculo frustrante. Anteriormente, cair em um desses buracos deixava um dos personagens inutilizado até o próximo checkpoint, mas agora o jogo é mais indulgente, evitando que o jogador fique sem ação por longos períodos.

O sistema de sub-armas também foi reformulado, dando a cada personagem habilidades distintas e úteis, eliminando a sensação de que algumas habilidades eram apenas “utilitárias” e pouco divertidas. Além disso, os chefes agora possuem uma escala de vida mais adequada, evitando que sejam derrotados rapidamente quando ambos os personagens atacam simultaneamente.

Exploração e Elementos de Metroidvania

O mapa em Gal Guardians: Servants of the Dark é vasto e repleto de caminhos secretos, tesouros e quebra-cabeças. Embora isso torne a exploração mais envolvente, em alguns momentos pode ser um pouco confuso, especialmente quando o jogo não explica claramente como certos segredos funcionam. A progressão geralmente flui bem, mas há alguns puzzles que parecem mal sinalizados, deixando o jogador perdido sem saber qual a solução pretendida.

O sistema de RPG foi reformulado: em vez de ganhar experiência derrotando inimigos, o jogador coleta ossos espalhados pelos cenários. Esses ossos permitem subir de nível e desbloquear habilidades que abrem novas áreas. Um dos destaques é que as melhorias não se substituem, mas se acumulam, permitindo combinações estratégicas entre ataques, defesa e mobilidade.

No entanto, a navegação pelo mapa poderia ser mais fluida. Algumas áreas têm um design pouco intuitivo, e os pontos de fast travel (viagem rápida) parecem ter sido implementados como uma reflexão tardia, estando localizados em lugares pouco convenientes.

Combate e Dificuldade

O combate é satisfatório, com movimentos fluidos e ataques variados para cada personagem. No modo Veteran, o jogo não apresenta grande desafio, mas há uma dificuldade maior disponível para quem busca uma experiência mais intensa. Um problema pontual é o efeito visual do chefe final, que pisca em vermelho em toda a tela ao ser atingido, algo que pode ser incômodo ou até perigoso para jogadores com sensibilidade a luzes intermitentes.

Alguns inimigos e chefes exigem estratégias específicas. Por exemplo, o Sand Worm (verme da areia) pode ser derrotado mais facilmente usando certos itens e ataques carregados da personagem secundária, mostrando que o jogo incentiva a experimentação.

Problemas e Pontos Negativos

Apesar das melhorias, Gal Guardians: Servants of the Dark parece um jogo 90% concluído. Alguns tesouros são red herrings (pistas falsas), NPCs têm diálogos pouco relevantes e a ausência de post-game content (conteúdo pós-jogo), presente no título anterior, é sentida.

Além disso, há bugs ocasionais, como problemas de posicionamento dos personagens ao transitar entre salas, o que pode atrapalhar sequências de plataforma. O gerenciamento de itens também é trabalhoso, exigindo que o jogador descarte itens um por um, sem a opção de seleção em massa.

Gráficos e Estilo Visual

Os sprites são bem desenhados, mantendo o charme visual característico da Inti Creates. Os personagens, tanto os protagonistas quanto os NPCs, têm designs cativantes, o que adiciona personalidade ao jogo.

Veredito Final

Gal Guardians: Servants of the Dark é um metroidvania divertido e bem executado, com um combate fluido, exploração satisfatória e várias melhorias em relação ao primeiro jogo. No entanto, pequenos problemas de design, bugs e a sensação de que o jogo poderia ter recebido mais polimento impedem que ele se destaque como uma obra-prima do gênero.

Ainda assim, é uma experiência recomendável para fãs de metroidvanias e da Inti Creates, deixando espaço para esperar um próximo título ainda mais refinado. Se você gosta de exploração não-linear, combate dinâmico e um visual pixel art encantador, vale a pena embarcar nessa aventura.

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RPS Games
RPS Games
Apaixonado por games desde sempre, tive o prazer de acompanhar grande parte da evolução dos games. RPG, Ação, Aventura, FPS, etc jogo de tudo.

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