HomeReviewsREVIEW: Ruffy and the Riverside – Uma Aventura Criativa, Mas Nem Sempre...

REVIEW: Ruffy and the Riverside – Uma Aventura Criativa, Mas Nem Sempre Memorável

Se você está procurando um jogo que mistura aventura, quebra-cabeças e um toque de plataforma, Ruffy and the Riverside pode ser uma experiência interessante. Desenvolvido ao longo de sete anos, o jogo traz mecânicas originais e um visual charmoso, mas será que consegue entregar uma jornada inesquecível? Vamos destrinchar seus aspectos técnicos e de design para descobrir.

Gráficos: Um Visual Encantador, Mas Sem Revoluções

Logo de cara, Ruffy and the Riverside impressiona com sua direção de arte. O jogo não aposta em um realismo ultra-detalhado, mas sim em um estilo colorido e expressivo que remete a clássicos como Banjo-Kazooie e Crash Bandicoot. Os cenários são bem construídos, com rios, florestas e vilarejos que transmitem uma atmosfera convidativa.

No entanto, os gráficos não são exatamente revolucionários. Se você espera efeitos de iluminação de última geração ou texturas ultra-realistas, pode se decepcionar. O jogo opta por uma estética mais “segura”, funcionando bem dentro do que propõe, mas sem surpreender visualmente. Ainda assim, a arte é um dos seus pontos mais fortes, especialmente nas fases 2D intercaladas, que trazem uma variação bem-vinda.

Sons: Trilha Agradável, Mas Diálogos em Excesso

A trilha sonora de Ruffy and the Riverside é um dos destaques. As músicas acompanham bem o tom descontraído da aventura, com melodias que lembram jogos clássicos de plataforma. Os efeitos sonoros também são competentes, desde o barulho da água do rio até o som dos materiais sendo trocados pela mecânica de Canje.

O grande problema, porém, está nos diálogos. O jogo peca pelo excesso de falas, muitas delas desnecessárias. Em vez de sintetizar informações, os personagens enrolam em textos que poderiam ser resumidos em poucas linhas. Isso acaba gerando um certo cansaço, especialmente nas primeiras horas, onde o ritmo já é mais lento. Se você é do tipo que pula cutscenes, pode acabar fazendo isso com frequência aqui.

Jogabilidade: Mecânica Inovadora, Mas Plataforma Básica

A grande sacada de Ruffy and the Riverside é o sistema de Canje, que permite trocar texturas e propriedades de objetos no ambiente. Transformar pedra em madeira, congelar um rio ou queimar uma ponte são ações que abrem possibilidades criativas para resolver quebra-cabeças. A execução dessa mecânica é bem-feita, com um sistema de pesos e propriedades que funciona de forma orgânica, mesmo sem explicações diretas ao jogador.

O problema é que, apesar da originalidade, o jogo não explora todo o potencial do Canje. Alguns puzzles são brilhantes, mas a maioria fica no “bom o suficiente”, sem surpreender de verdade. Além disso, o jogo não é exatamente um plataforma puro. Os saltos e movimentos são mais simples, sem a complexidade de um Super Mario Odyssey ou Crash Bandicoot 4. Quem espera desafios de precisão ou combos aéreos vai achar o gameplay um pouco raso.

A estrutura do jogo segue um padrão repetitivo: buscar itens, voltar ao vilarejo e seguir para a próxima área. Felizmente, os desenvolvedores sabem quebrar essa monotonia com fases especiais e momentos inesperados, mas ainda assim, a sensação de repetição aparece.

História: Aventura Simples, Mas com Excesso de Texto

A narrativa de Ruffy and the Riverside não é seu ponto mais forte. A premissa é simples: Ruffy, o protagonista, precisa coletar letras sagradas para salvar seu mundo. A história tem seu charme, mas sofre com o mesmo problema dos diálogos – é contada de forma prolixa, com muitas falas que poderiam ser cortadas sem prejudicar o entendimento.

Alguns momentos, como o acidente de avião citado na análise original, trazem reviravoltas interessantes, mas no geral, a trama não se destaca. Se você busca um enredo profundo e emocionante, pode achar o jogo um pouco raso.

Conclusão: Vale a Pena Jogar?

Ruffy and the Riverside é um jogo que tem boas ideias, mas não as explora ao máximo. A mecânica de Canje é inovadora e divertida, os gráficos são bonitos e a trilha sonora agradável, porém, o excesso de diálogos, a jogabilidade de plataforma simplificada e a estrutura repetitiva impedem que ele brilhe de verdade.

Se você curte aventuras relaxantes com puzzles criativos, pode se divertir bastante. Mas se busca um plataforma desafiador ou uma narrativa marcante, talvez o jogo não atenda às expectativas. No fim das contas, Ruffy and the Riverside é uma experiência competente, mas que poderia ter sido memorável com alguns ajustes.

NÃO DEIXE DE CONFERIR MAIS REVIEWS AQUI OU NA NOSSA CURADORIA NA STEAM.

Gameplay

Mais recentes

Detonados

RPS Games
RPS Games
Apaixonado por games desde sempre, tive o prazer de acompanhar grande parte da evolução dos games. RPG, Ação, Aventura, FPS, etc jogo de tudo.

Deixe um comentário!

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.