Se você é fã de RPGs de ação com uma pegada beat ‘em up, Radiant: Guardians of Light pode ser a surpresa que você não sabia que precisava. O jogo mistura elementos clássicos do gênero com progressão de personagem, crafting e uma jogabilidade cooperativa que realmente faz diferença. Mas será que vale a pena mergulhar nesse mundo colorido e cheio de desafios? Vamos destrinchar cada aspecto do jogo para descobrir.
Gráficos: Um Visual Encantador e Cheio de Personalidade
Logo de cara, Radiant: Guardians of Light chama atenção pelo seu estilo artístico vibrante. Os cenários são ricos em detalhes, mesmo nas áreas mais sombrias, e os personagens têm um design que remete a desenhos animados modernos, sem perder aquele toque de fantasia clássica. Um dos destaques é a forma como as armaduras e equipamentos são exibidos nos personagens – você vê literalmente a evolução do seu herói conforme vai aprimorando seu gear, o que dá uma sensação gostosa de progressão.

Os efeitos de luz e as animações dos golpes também são bem trabalhados, especialmente nas habilidades especiais, que brilham (literalmente) em meio ao combate. Os chefes, em particular, têm presença de palco, com designs criativos que os tornam memoráveis. Não é um jogo que vai exigir o último hardware do mercado, mas certamente sabe usar seu estilo visual para criar uma identidade única.
Sons: Uma Trilha Sonora que Acompanha o Ritmo da Ação
A trilha sonora de Radiant: Guardians of Light não é revolucionária, mas cumpre muito bem seu papel. As músicas têm um tom épico que combina com o estilo hack and slash, e os efeitos sonoros dos golpes são satisfatórios – cada espadada, flechada ou habilidade especial tem um impacto audível que ajuda a imersão.
O jogo não tem dublagem, então a narrativa é conduzida basicamente por texto, o que pode ser um ponto negativo para quem prefere cutscenes mais dinâmicas. No entanto, os sons ambiente e os ruídos dos inimigos ajudam a manter a atmosfera envolvente, especialmente em fases mais intensas, onde o caos reina e você precisa ficar atento aos ataques vindos de todos os lados.

Jogabilidade: Simples, Mas Profunda o Suficiente para Prender
Aqui é onde Radiant: Guardians of Light brilha – ou peca, dependendo do que você espera. O jogo segue uma estrutura clássica de beat ‘em up, com movimentação lateral e hordas de inimigos surgindo até que você limpe a área. A diferença é que, em vez de ser apenas um jogo de porrada, há um sistema de RPG bem implementado, com árvore de habilidades, crafting e equipamentos.
Você pode escolher entre dois personagens: Ainar (combate corpo a corpo) e Quinn (ataque à distância). Ainar é mais direto, exigindo estratégias de esquiva e contra-ataque, enquanto Quinn permite um estilo mais tático, mantendo distância e mirando nos inimigos mais perigosos primeiro. A possibilidade de trocar entre eles ou jogar em co-op local (ou via Steam Remote Play) adiciona uma camada extra de diversão, especialmente porque o jogo é bem mais fácil com um parceiro.
O sistema de progressão é um dos pontos altos. Derrotando inimigos, você ganha experiência para desbloquear habilidades e ingredientes para criar poções e equipamentos. A árvore de habilidades oferece upgrades variados, desde aumento de dano até habilidades passivas que melhoram drops ou dão chances de reviver. O crafting, porém, tem seus perrengues – alguns materiais são raros, e se você não planejar direto, pode acabar travado sem itens essenciais para upgrades mais tarde.
O combate em si é fluido, mas pode ser desafiador até no modo fácil, principalmente em single-player. Inimigos têm padrões diferentes – alguns atacam de longe, outros têm escudos que exigem manobras específicas, e há aqueles que simplesmente rodopiam pelo mapa causando o caos. A variedade é boa, mas em algumas fases, a dificuldade sobe de repente, o que pode frustrar jogadores menos pacientes.
História: Simples, Mas Funcional
A narrativa de Radiant: Guardians of Light não é seu ponto forte. O enredo gira em torno de Ainar tentando resgatar sua irmã sequestrada, e… é basicamente isso. Não há grandes reviravoltas ou desenvolvimento profundo de personagens – o foco aqui é na ação mesmo. Se você está procurando um RPG com uma história densa e diálogos marcantes, pode ficar decepcionado.

Dito isso, o jogo não se alonga desnecessariamente. São cerca de 13 horas para zerar (menos se jogar em co-op), e como não há conquistas missable, dá para curtir no seu ritmo sem se preocupar em perder nada.
Conclusão: Vale a Pena?
Radiant: Guardians of Light é um jogo que sabe o que é – um beat ‘em up com elementos de RPG, focado em ação rápida e progressão constante. Seus gráficos são lindos, o combate é divertido (ainda que desbalanceado às vezes), e o co-op traz uma dinâmica muito mais prazerosa.
A história é fraca e a dificuldade pode afastar jogadores casuais, mas se você curte o gênero e não se importa com um desafio, vale a pena dar uma chance. Principalmente se tiver um amigo para acompanhar na jornada.
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