Se você está procurando um roguelike com um visual encantador e temática de bruxas, Garden of Witches pode chamar sua atenção. Desenvolvido com uma estética adorável e personagens cativantes, o jogo promete uma experiência desafiadora, mas será que entrega? Nesta análise detalhada, vamos explorar os prós e contras desse título, que ainda está em acesso antecipado, e ver se vale a pena investir seu tempo e dinheiro.
Visual Encantador, Mas…
O primeiro destaque de Garden of Witches é, sem dúvida, seu estilo artístico. Os personagens são fofos, os cenários têm um charme único, e a atmosfera lembra um conto de fadas sombrio. No entanto, como diz o ditado, “não se julga um livro pela capa”, e aqui isso se aplica.
A jogabilidade é onde o jogo tropeça. O sistema de esquiva é um dos maiores problemas. As esquivas não têm frames de invencibilidade, o que já é uma escolha controversa. Em jogos do gênero (como Hades ou Dead Cells), a esquiva é uma mecânica essencial para sobreviver, e retirar sua eficácia pode tornar a experiência frustrante.

A esquiva tem um tempo de recarga longo (4 segundos para 2 usos), e o personagem se move lentamente. Isso significa que, contra chefes ágeis e com ataques de área ampla, você frequentemente se vê sem opções viáveis para evitar dano. O jogo tenta compensar isso com upgrades permanentes (como redução do cooldown e aumento de velocidade).
Progressão e Customização: Simples?
Outro ponto fraco é o sistema de upgrades. A interface é criativa, mas as melhorias são genéricas: +dano, +vida, +velocidade. Não há combinações interessantes ou sinergias entre habilidades, algo que é essencial em um roguelike.
Além disso, o loop de progressão é básico: você ganha moedas ao final das runs, que só servem para upgrades permanentes. Não há itens secundários, armas alternativas ou builds variadas para experimentar. Isso limita bastante a rejogabilidade, já que cada partida acaba sendo muito parecida com a anterior.
Chefes vs. Inimigos Comuns
A dificuldade em Garden of Witches é desbalanceada. Os inimigos comuns são fáceis demais, com padrões de ataque previsíveis e lentos. Já os chefes são rápidos, agressivos e com movimentos quase instantâneos. Essa mudança brusca de ritmo pode ser frustrante.

Um dos maiores problemas visuais é a falta de clareza nos efeitos de ataque. Algumas habilidades, como as chamas da personagem Chloe, se misturam com o cenário, tornando difícil identificar onde é seguro ficar. O chefão final é ainda pior: em um fundo escuro, seus ataques negros quase desaparecem, criando situações onde você toma dano sem nem entender o que aconteceu.
Conteúdo Atual: Pouco Para um Roguelike
No estado atual (EA), Garden of Witches tem sete personagens jogáveis (incluindo um gato) e cinco estilos de jogo (provavelmente vinculados a diferentes bruxas). A estrutura das fases é repetitiva: algumas lutas contra inimigos comuns seguidas de um chefe. Uma run completa leva cerca de 30 minutos, o que é curto para um roguelike.
Além disso, elementos comuns do gênero como armas alternativas, buffs de risco/recompensa (ex: +dano com vida baixa) estão ausentes. Isso faz com que o jogo pareça inacabado, dependendo muito de futuras atualizações para se tornar mais interessante.

Veredito Final: Vale a Pena?
Garden of Witches tem potencial, mas no estado atual, é difícil recomendá-lo para quem busca um roguelike bem polido. Se você adora estilos visuais fofos e não se importa com uma jogabilidade desbalanceada, pode ser uma experiência divertida, mas curtinha.
Se o jogo receber atualizações que melhorem a esquiva, adicionem mais variedade de builds e ajustem a dificuldade, ele pode se tornar um ótimo título. Por enquanto, porém, é lindo, mas decepcionante.
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