Se você é fã do primeiro Grand Emprise e está curioso para saber se a sequência vale a pena, esta review vai te ajudar a decidir. Grand Emprise 2: Portals Apart mantém a essência do original, mas traz mudanças significativas – algumas boas, outras nem tanto. Vamos mergulhar nos gráficos, sons, jogabilidade e história para entender se o jogo entrega uma experiência satisfatória ou se peca em aspectos cruciais.
Gráficos: Um Festival de Dimensões Surreais
Logo de cara, Grand Emprise 2 impressiona com seus visuais. Os portais, principal atração do jogo, criam efeitos visuais impressionantes, distorcendo a realidade de maneira que realmente parece que você está sendo transportado para outro mundo. Os cenários variam desde florestas exuberantes até paisagens alienígenas, e cada um deles é ricamente detalhado, mesmo utilizando assets pré-fabricados.

No entanto, nem tudo são flores. Alguns jogadores reclamam da repetição de texturas e modelos, algo que já foi um ponto de crítica no primeiro jogo. Apesar disso, é inegável que o desenvolvedor soube aproveitar bem esses recursos, criando ambientes coerentes e imersivos. Se você não se importa com o uso de assets prontos, os gráficos dificilmente serão um problema – pelo contrário, eles são um dos pontos altos do jogo.
Sons: Imersivo, Mas com Espaço para Melhorias
A trilha sonora de Grand Emprise 2 cumpre seu papel, mas não se destaca. Os efeitos sonoros são funcionais – o barulho da broca, os passos em diferentes superfícies e os ruídos ambientais ajudam a mergulhar na experiência, mas não há nada aqui que vá te marcar depois que você desligar o jogo.
O maior problema está na falta de polimento em alguns momentos. Em certas áreas, os sons podem cortar abruptamente ou simplesmente não corresponder à ação, o que quebra um pouco a imersão. Não é nada game-breaking, mas é perceptível o suficiente para ser mencionado.
Jogabilidade: Linearidade Pode Ser um Divisor de Águas
Aqui está onde Portals Apart se distancia bastante do primeiro jogo. Enquanto o original permitia explorar diferentes eras livremente, a sequência adota uma abordagem muito mais linear. Você é constantemente empurrado para frente, sem muitas chances de revisitar áreas anteriores. Isso pode ser frustrante, especialmente se você gosta de explorar cada cantinho e pegar recursos deixados para trás.

Outro ponto controverso são os controles. Enquanto a movimentação básica funciona bem, algumas mecânicas – como os controles do submarino – podem ser irritantes, já que não há opção para inverter eixos. Além disso, a vibração do controle não pode ser desativada mesmo se você estiver jogando com teclado e mouse, o que é um detalhe estranho para um jogo lançado em 2023.
O combate também não é o forte do jogo. Ele existe, mas é simples e um pouco travado, sem a fluidez que se espera de um survival moderno. Felizmente, não é o foco principal, então não chega a arruinar a experiência.
História: Existente, Mas Discreta
Diferentemente de muitos survival games que abandonam completamente a narrativa, Grand Emprise 2 tenta contar uma história – ainda que de forma sutil. A trama gira em torno de viajar entre dimensões através dos portais, e há uma certa lógica por trás de cada mundo que você visita. No entanto, tudo é contado de maneira muito vaga, quase como se o desenvolvedor esperasse que os jogadores preenchessem as lacunas com a própria imaginação.
Se você é do tipo que gosta de lore detalhada e diálogos profundos, pode se decepcionar. Mas se prefere uma narrativa minimalista que não atrapalhe a jogabilidade, talvez isso não seja um problema.

Conclusão: Vale a Pena? Depende do Que Você Busca
Grand Emprise 2: Portals Apart é um jogo que tem suas qualidades, mas também carrega limitações que podem afastar parte do público. Se você gostou do primeiro jogo e não se importa com uma experiência mais linear, provavelmente vai se divertir com os visuais deslumbrantes e a variedade de mundos para explorar.
Por outro lado, se você esperava uma evolução significativa em termos de jogabilidade e profundidade, pode acabar frustrado. O jogo tem alguns problemas de polimento e decisões de design questionáveis, mas nada que o torne intragável – especialmente considerando que foi desenvolvido por uma única pessoa.
Recomendação final: Se você curte survival games com uma pegada experimental e não se incomoda com alguns jank aqui e ali, Grand Emprise 2 pode valer a pena, especialmente em promoção. Mas se prefere algo mais refinado e com liberdade de exploração, talvez seja melhor esperar por updates ou até mesmo uma possível sequência mais ambiciosa.
E aí, vai encarar os portais ou vai deixar essa jornada passar?
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