E lá vamos a mais um RPG de ação, após grandes títulos de peso nessa área, se destacar se tornou cada vez mais difícil. É o que está tentando a desenvolvedora GoldKnights e a publisher Prime Matter ao trazer a luz do dia The Last Oricru. Um RPG de ação com foco na narrativa e nas decisões do jogador.
The Last Oricru possui alguns problemas, mas nem tudo está perdido. Existe uma história contada de maneira interessante com algumas reviravoltas e um mundo que muda significativamente como resultado de suas decisões, embora muitas vezes involuntariamente e muito mais dramaticamente do que você esperaria. Claramente da para sentir o carinho do estúdio que estava visivelmente sobrecarregado com este ambicioso projeto.
Você começa o jogo como parte de um pequeno grupo de humanos que foram despertados do sono criogênico e agora estão sendo treinados em combate corpo a corpo em um templo por figuras de nariz achatado em armadura medieval, os Naboru. Eles lutam regularmente até a morte, porque você e seus amigos criogênicos têm cintos especiais que o trazem de volta à vida.
Desenvolvedor: GoldKnights
Distribuidora: Prime Matter
Plataformas: Microsoft Windows, Xbox Series X e Series S, PlayStation 5
Data de lançamento: 13 de outubro de 2022
Valor: R$ 199,00 (PC Steam)

Como se vê pouco tempo depois, os Naboru estão em guerra com vários outros alienígenas e facções e podem fazer bom uso de lutadores imortais bem treinados. No começo do jogo já percebemos que os diálogos não são um dos pontos fortes do game, as falar são genérias e as reações dos personagens sobre tudo que está acontecendo parece tudo muito artificial.
O sistema de combate deixa a desejar, os golpes não tem o impacto devido, as animações são simples, a câmera travada se mostra ruim e me fez largar o controle e jogar com teclado e mouse.
Ao decorrer da jogatina você irá escolher um lado para se aliar, porém, em ambos os lados você pode lutar pelo extermínio de seus inimigos ou tentar encontrar uma solução pacífica. Todos têm seus defeitos, o que me deixou muito contente, o fato de nenhum ser claramente bom ou mau.
O jogo tem uma dificuldade bem elevada, perda de todo o progresso na morte e subidas de nível apenas em terminais específicos. Cada decisão é, portanto, automaticamente gravada em pedra. Por exemplo, quando eu acidentalmente entro em uma nova área antes de completar uma missão secundária opcional e aciono uma cena que condena irrevogavelmente uma facção inteira.

As áreas de jogo em The Last Oricru são muitas vezes enormes, labirínticas e muito confusas. Devo dizer que não há mapa ou marcadores de missão. Espero que você tenha um bom senso de direção, caso contrário, muitas vezes você estará vagando sem rumo por muito tempo. Muitos inimigos têm armas de longo alcance, você só pode atacar corpo a corpo ou um punhado de feitiços vinculados a armas. Não há re-especialização de seus atributos, mas há anéis que, por exemplo, convertem inteligência em força ou força em destreza.
Alguns chefes vão nocauteá-lo com um ou dois golpes, mas pelo menos há uma dificuldade de história opcional aqui. Porém, você só pode escolher entre difícil ou fácil.
O visual em The Last Oricru é bonito apesar de alguns deslizes nos inimigos, os cenários são bem trabalhados a ponto de tirar alguns minutos para admirar, a história, apesar de alguns deslises imprevisíveis, é genuinamente interessante.
Também foi legal ver como minhas decisões transformaram ex-inimigos em aliados e ex-amigos em chefes. Apesar de todos os problemas, tive momentos divertidos em alguns lugares, algumas surpresas legais e um pouco mais de profundidade na trama do que eu esperava desse jogo.

Existem situações que o jogo brilha através do que os desenvolvedores queriam alcançar, onde eles mostram uma boa narrativa, design admirável e uma mistura interessante de fantasia e ficção científica.
Eu adoraria saber como The Last Oricru teria se saído com um orçamento maior e mais tempo de desenvolvimento. Porque a história pode não ser muito original, mas pelo menos é interessante, tem grandes reviravoltas e personagens e momentos emocionantes. Os ratos são impiedosamente oprimidos, com razão, odeiam seus opressores, mas alguns deles são simplesmente nojentos, feios ou simplesmente sanguinários. Os Naboru medievais, por sua vez, tratam os ratos como lixo, mas mesmo aqui há personagens que anseiam pela paz. E então há uma certa terceira facção…
Se você está disposto a enfrentar os problemas citados até agora para ingressar em uma boa trama nesse universo cheio de possibilidades. The Last Oricru é uma ótima possibilidade.
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