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Review: The Gallery

Em algum momento, para descansar de jogos mais hardcore é sempre bom algo mais light, jogos FMV me ajudam muito nessa hora, The Gallery  trata-se de um curador de arte sendo mantido refém em sua própria galeria… na verdade, trata-se de dois curadores de arte sendo mantidos reféns em sua própria galeria. Em The Gallery você tem duas narrativas em uma, a primeira acontece em 1981 e a segunda em 2021. Embora ambas as histórias ocorram apenas dentro da galeria titular nos arredores de Londres, elas pintam uma imagem maior de uma época de agitação civil na Inglaterra.

Cada metade de The Gallery levará cerca de uma hora para ser concluída, então este não é um jogo longo. E seu preço está de acordo com isso, custando R$ 55,00, mais ou menos o que você pagaria por um filme em seu lançamento. Porém, aqui o valor é muito maior, considerando que há uma narrativa ramificada dependendo de quais escolhas você fez e vários finais para desbloquear.

A narrativa de 1981 possui impressionantes 12 finais e a narrativa de 2021 apenas seis. Se você realmente quer jogar tantas vezes para desbloquear todos os finais é outra história, naturalmente, significa muita repetição, mas é bom ter a opção. E as opções de diálogo frequentes dão a impressão de que existem divergências bem grandes na narrativa dependendo das escolhas que você faz. O jogo faz questão de deixar claro quais os personagens chave e que podem inclusive morrer ou não durante a trama. Acredito que para os jogadores que caçam conquistas, esse filme deva ser tão longo quanto a trilogia Senhor dos Anéis, acredito porque só terminei apenas uma vez cada uma das histórias.

As histórias que The Gallery apresenta são interessantes, mas talvez não tão estranhas quanto uma história sobre uma situação de refém deveria ser. É um pouco lento às vezes, e sua fixação na arte provavelmente não irá conectar com todos os jogadores. É pelo menos muito bem atuado e produzido, isso me conectou muito ao universo que o jogo me propôs, mesmo não sendo um tema que me agrada muito, me senti imerso como em um real filme com possibilidades de escolhas, e não em um filme caseiro como acontece com alguns títulos do gênero.

Mas ainda assim, ao longo da jogatina, a impressão que dá é que não podíamos nos importar com nenhum dos personagens. Ambas as narrativas espremem personagens secundários que aparecem em um curtíssimo espaço de tempo, e é difícil entender como, ou por que, eles têm alguma relevância real para a narrativa. Acredito que se jogasse em busca de todos os finais os personagens fizessem mais sentido, porém, aqueles que como eu só querem adentrar a trama apenas uma vez, podem se sentir um pouco incomodados.

Apesar de suas falhas, não há como negar que  The Gallery  é bem feito, um excelente jogo em FMV. O ritmo aqui as vezes é bem lento, e seu foco na arte não será do gosto de todos. Mas em termos de valores de produção, é difícil criticar. Compra mais que certa para quem gosta de jogos desse gênero.

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Apaixonado por games desde sempre, tive o prazer de acompanhar grande parte da evolução dos games. RPG, Ação, Aventura, FPS, etc jogo de tudo.

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