Se você é fã de roguelites com combate rápido, narrativa envolvente e uma estética que mistura o antigo com o futurista, The Book of Aaru pode ser a sua próxima obsessão. Desenvolvido com uma abordagem tática e um visual impecável, o jogo se inspira em clássicos como Hades e Curse of the Dead Gods, mas carrega uma identidade própria que o torna uma experiência única.
Gráficos: Um Templo Vivo e Cheio de Detalhes
A primeira coisa que chama atenção em The Book of Aaru é sua direção de arte. O jogo utiliza uma perspectiva isométrica em 3D, mas não se engane: os cenários são ricos em detalhes, mesclando arquitetura egípcia clássica com elementos sci-fi de forma harmoniosa. Cada sala do templo parece ter sido cuidadosamente esculpida, com texturas que variam entre paredes de pedra desgastadas e dispositivos tecnológicos misteriosos.

Os efeitos ambientais também merecem destaque. Tempestades de arena alteram a visibilidade, fogueiras lançam sombras dinâmicas e até mesmo as armadilhas parecem ter vida própria. A otimização é sólida, rodando bem tanto em PCs quanto em consoles (graças ao suporte via Proton), sem sacrificar a fluidez. Se há um ponto negativo, talvez seja a falta de mais variações nos biomas, mas isso não chega a comprometer a experiência.
Sons: Uma Trilha que Eleva a Tensão
A trilha sonora de The Book of Aaru é um dos seus maiores trunfos. Com composições que alternam entre tons místicos e batidas eletrônicas, a música acompanha perfeitamente o ritmo frenético do combate. Os efeitos sonoros também são precisos – cada golpe, esquiva e ativação de habilidade tem um impacto audível, o que ajuda a imergir ainda mais no jogo.
Os diálogos, embora não sejam dublados, possuem uma escrita competente, com personalidades distintas para os personagens. Emily Sands, a protagonista, tem uma presença marcante, e os inimigos muitas vezes emitem sons que indicam seus próximos ataques, algo essencial para um jogo que exige reflexos rápidos.
Jogabilidade: Combate Fluido e Estratégico
O cerne de The Book of Aaru está na sua jogabilidade. O combate é baseado em dual-wielding, permitindo que o jogador combine diferentes armas para criar sequências devastadoras. A mecânica de slow motion (ralentização temporal) adiciona uma camada estratégica, possibilitando desviar de ataques inimigos ou reposicionar-se no campo de batalha.

O sistema de Glyphs funciona como habilidades especiais que podem ser combinadas, oferecendo builds variadas a cada run. Além disso, o ambiente não é apenas cenário: armadilhas podem ser usadas contra os inimigos, e as tempestades de areia modificam o terreno, exigindo adaptação constante.
A dificuldade é bem balanceada – desafiadora, mas nunca injusta. Quem já jogou Soulslike ou roguelites como Dead Cells vai se sentir em casa, já que a morte é parte do aprendizado. A atualização recente que melhorou o sistema de parry deixou o combate ainda mais satisfatório.
História: Mistério e Mitologia
A narrativa não é o foco principal, mas The Book of Aaru consegue contar uma história interessante através de ambientação e fragmentos de lore. Emily Sands está presa em um templo que mistura tecnologia avançada com mitologia egípcia, e conforme você avança, desvenda segredos sobre sua própria jornada.
A trama não é tão expansiva quanto a de Hades, mas cumpre seu papel em dar contexto às ações do jogador. Os personagens secundários têm personalidades marcantes, e os diálogos evitam clichês, mantendo um tom misterioso que combina com o tema.

Conclusão: Vale a Pena Jogar?
Sem dúvidas, The Book of Aaru é um roguelite que merece atenção. Ele não reinventa o gênero, mas entrega uma experiência bem polida, com combate tático, visuais impressionantes e uma trilha sonora que prende o jogador desde o primeiro minuto.
Se você gosta de desafios estratégicos e de jogos que exigem domínio de mecânicas, esse é um título que vai te prender por horas. Ainda há espaço para melhorias (como um pouco mais de variedade nos cenários), mas o que está aqui já é mais do que suficiente para garantir diversão de qualidade.
Se curtiu Hades ou Curse of the Dead Gods, não deixe The Book of Aaru passar batido. É daqueles jogos que, mesmo depois de zerar, você volta só para sentir a adrenalina do combate mais uma vez.
NÃO DEIXE DE CONFERIR MAIS REVIEWS AQUI OU NA NOSSA CURADORIA NA STEAM.

