Se você está procurando um jogo que mistura magia, automação e um visual deslumbrante, Ritual of Raven pode ser a experiência relaxante (e desafiadora) que faltava na sua biblioteca. Lançado há pouco mais de um dia, o jogo já conquistou uma legião de fãs, e depois de passar horas mergulhado nele, dá pra entender o porquê. Vamos destrinchar o que esse título indie tem a oferecer, desde seus visuais encantadores até a jogabilidade que exige tanto lógica quanto criatividade.
Gráficos: Um Mundo de Magia e Estilo Único
O primeiro impacto que Ritual of Raven causa é visual. O jogo tem uma direção de arte que mistura elementos de tarô, fantasia witchy e um toque cartoonizado que lembra jogos como Stardew Valley, mas com uma identidade própria. As cores são vibrantes sem serem exageradas, e os cenários, desde florestas até bibliotecas arcana, são cheios de detalhes que fazem o mundo parecer vivo.

Alguns personagens secundários têm designs incríveis, cheios de personalidade, embora o avatar personalizável do jogador tenha recebido críticas por parecer… bem, um pouco deslocado em comparação (alguém falou em “dente de coelho e corpo de tiozão”?). Mas isso é um detalhe menor quando o resto do jogo é tão bonito. Os efeitos de magia, especialmente quando os golems entram em ação, são um espetáculo à parte.
Sons: Atmosfera Relaxante (e um Pouco Mística)
A trilha sonora de Ritual of Raven acerta em cheio no clima cozy com pitadas de mistério. Os temas são suaves, com harpas, flautas e uns toques de percussão que lembram rituais antigos – perfeito para um jogo onde você passa tempo coletando ingredientes e invocando constructos mágicos. Os efeitos de som também são bem trabalhados, desde o grasnar do corvo Raven até o clink satisfatório de cristais sendo minerados.
Não é uma trilha que vai ficar na sua cabeça por dias, mas cumpre seu papel de imersão. Se tivesse um ponto negativo, talvez fosse a falta de mais variação em algumas ações repetitivas, como a pesca em portais, mas nada que quebre a experiência.
Jogabilidade: Automação, Quebra-Cabeças e Um Pouco de “Programação”
Aqui é onde Ritual of Raven realmente se destaca. O jogo pega elementos clássicos de simulação, cultivo, mineração, pesca e dá uma reviravolta única: você não faz nada disso manualmente. Em vez de suar no enxadão, você programa golems mágicos usando um sistema de cartas para automatizar tarefas.

Isso pode soar complexo, e no começo realmente é. Montar sequências lógicas para que seus constructos plantem, colham ou extraiam recursos exige um bom planejamento. Mas conforme você avança, o sistema vai ficando intuitivo (e viciante). É como uma versão light de programação, sem códigos assustadores, só pura satisfação quando seu esquema funciona perfeitamente.
O controle com gamepad teve alguns problemas no lançamento (ícones faltando, controles travando), mas os devs já corrigiram isso rapidamente. Agora, jogar no controle é tão fluido quanto no teclado.
História: Mistério e Magia
A narrativa de Ritual of Raven não é super profunda, mas tem um charme peculiar. Você chega em um mundo mágico com seu corvo Raven e precisa reconstruir uma vida enquanto desvenda segredos locais. Os diálogos são bem escritos, com NPCs que vão desde adoráveis até… francamente irritantes (o que é bom – ninguém gosta de um mundo onde todo mundo te ama sem motivo).

Veredito Final: Vale a Pena? Com Certeza.
Ritual of Raven é daqueles jogos indie que pegam você desprevenido. Ele mistura o melhor dos mundos cozy com mecânicas inteligentes de automação, tudo embrulhado num pacote visual lindo e uma trilha sonora relaxante. Claro, não é perfeito, o personagem principal poderia ser mais customizável, e a curva de aprendizado assusta no começo.
Mas se você gosta de farming sims com uma pitada de desafio lógico, ou só quer um jogo para descontrair depois do trabalho, esse aqui é uma ótima pedida. E pelo preço, é difícil não recomendar.
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