Castlevania é uma das poucas franquias que teve uma grande influência no cenário dos jogos, evoluindo e se transformando ao longo dos seus trinta anos de existência. Desde os clássicos que estabeleceram o gênero, como Castlevania III: Dracula’s Curse, até aventuras de plataforma em 8 bits e jogos exploratórios do estilo Metroidvania, como Symphony of the Night, a série tem tido altos e baixos. Houve tentativas ambiciosas que não foram bem-sucedidas, como o multiplayer caótico de Harmony of Despair e o exclusivo para smartphones Grimoire of Souls.
Desenvolvedor: Motion Twin, Evil Empire
Distribuidora: Motion Twin
Plataformas: Android, Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One, macOS, Linux, Xbox Cloud Gaming, Microsoft Windows, Mac OS
Data de lançamento: 06 de março de 2023
Valor: R$ 32,99 (PC Steam)
Depois do fracasso crítico e comercial de Lords of Shadow 2, a série ficou adormecida, sobrevivendo apenas através de uma forte presença no programa de animação da Netflix e relançamentos de títulos anteriores.
Mesmo que os fãs mais antigos do clássico da Konami, Belmonts, sintam falta da presença dos caçadores de vampiros, diversos desenvolvedores, tanto grandes quanto pequenos, utilizaram o cenário gótico e as criaturas monstruosas com um design de níveis complexo para inovar o gênero. Um exemplo disso é Dead Cells, lançado em 2018, um jogo roguelike que presta homenagem à Castlevania, com muito humor e vício. Graças a um sistema de jogabilidade extremamente recompensador e às atualizações frequentes, tanto gratuitas quanto pagas, do estúdio Motion Twin, Dead Cells tem sido um sucesso entre os jogos independentes mais jogados dos últimos anos.

Surpreendentemente, o jogo Dead Cells retornou com uma colaboração especial, já que a equipe da Motion Twin conseguiu convencer a Konami a permitir que eles criassem novo conteúdo dentro do universo de Castlevania. O resultado é Return to Castlevania, o quinto DLC para Dead Cells e o primeiro a incluir propriedade intelectual licenciada.
Com dois novos biomas, tanto nas áreas externas quanto no interior do Castelo de Drácula, três chefes, uma dúzia de inimigos novos e catorze armas retiradas diretamente do jogo original, há muito o que explorar. A oportunidade de conhecer personagens clássicos da série, como Alucard, Richter Belmont e Maria, em uma arte 2D altamente estilizada, é um deleite absoluto para os fãs que cresceram jogando essa franquia.
As áreas novas que os jogadores encontrarão são algumas das maiores de todo o jogo, levando em média de dez a vinte minutos para serem concluídas. Com muitas surpresas e referências, desde aparições aleatórias de Drácula em seu castelo para insultar e pregar peças nos jogadores, até um modo secreto de Richter que recria a jogabilidade original de Castlevania, este DLC é uma jornada nostálgica que certamente agradará aqueles familiarizados com a série, mas não tanto para novos jogadores.

Apesar de não haver muita variedade nos novos biomas, os desafios característicos do núcleo de Dead Cells permanecem intactos. O chefe final secreto tem uma barra de saúde extremamente longa, tornando-o frustrante para muitos jogadores. Como resultado, as jogadas repetidas podem não ser tão memoráveis.
A inclusão de mais de 50 faixas musicais originais e 12 novas versões seria suficiente para atrair alguns jogadores a adquirir o DLC Return to Castlevania. Para aqueles com uma conexão emocional com a franquia da Konami, este é um excelente complemento, apesar da quantidade limitada de locais adicionados.

A possibilidade de jogar como Alucard, empunhando o Assassino de Vampiros, enquanto a música de fundo de “Castelo do Drácula” de Symphony of the Night toca, tudo isso em meio a jogabilidade suave e altamente refinada que transformou Dead Cells em um clássico moderno, é uma experiência de jogo memorável. Só o tempo dirá se essa nostalgia é suficiente para atrair mais jogadores.
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