Se você é fã de ARPGs e rogue-lites, Striving for Light pode ser aquele jogo indie que vai te prender por horas sem você nem perceber. Desenvolvido por um pequeno estúdio alemão, o jogo pega elementos de grandes nomes como Path of Exile e Diablo, mas entrega uma experiência única com seu sistema de skill tree modificável e um loop de jogo viciante. Mas será que vale a pena investir seu tempo nele? Vamos destrinchar os principais aspectos.
Gráficos: Estilo Hand-Drawn e Animação Simples
Os visuais de Striving for Light seguem um estilo hand-drawn que, apesar de charmoso, não chega a impressionar em termos de animações. Os movimentos dos personagens e inimigos podem parecer um pouco rígidos no começo, dando uma sensação de falta de polimento. No entanto, depois de algumas horas, esse detalhe acaba se tornando secundário, já que o foco do jogo está muito mais na jogabilidade e na construção de builds.

Os efeitos de habilidades e o bullet-hell (sim, o jogo tem um pouco disso) são bem executados, criando um caos visual satisfatório durante combates intensos. Se você não é do tipo que exige gráficos ultra-realistas, o estilo artístico acaba cumprindo seu papel sem atrapalhar a experiência.
Sons: Funcional, Mas Nada Memorável
A trilha sonora e os efeitos de Striving for Light cumprem o básico. As músicas ambientam bem as batalhas, mas dificilmente ficarão na sua cabeça depois de desligar o jogo. Os sons de habilidades e golpes são satisfatórios, especialmente quando você começa a acumular drops e upgrades, gerando aquele feedback sonoro que todo ARPG precisa ter.
Não há nada de errado com o áudio, mas também não é um ponto alto. Se você joga mais pelo gameplay do que pela imersão sonora, isso não será um problema.
Jogabilidade: Onde o Jogo Brilha (e Também Mostra Suas Fraquezas)
Aqui está o coração de Striving for Light. O jogo dispensa campanhas longas e foca em sessões de runs direto ao ponto, algo que lembra Hades e outros rogue-lites. Você entra em masmorras, derrota hordas de inimigos, coleta loot e repete o processo em níveis cada vez mais desafiadores.
O grande diferencial é o sistema de skill tree, que lembra muito Path of Exile, mas com uma pitada de aleatoriedade e customização. Você pode modificar, expandir e até mesmo “quebrar” sua árvore de habilidades, criando combinações únicas a cada partida. Essa mecânica é incrivelmente viciante, especialmente quando você consegue encaixar os nós certos e sentir seu personagem ficando absurdamente poderoso.

No entanto, nem tudo são flores. O jogo ainda carece de variedade em builds realmente eficientes, o que pode limitar a experimentação em fases mais avançadas. Além disso, o sistema de crafting existe, mas é bem restritivo no começo, o que pode frustrar jogadores acostumados com ARPGs mais generosos nesse aspecto.
Outro ponto negativo é a falta de um tutorial robusto. Mecânicas importantes não são bem explicadas, então você vai precisar de um tempo (e talvez algumas pesquisas) para entender tudo que o jogo oferece.
História: Quase Inexistente
Se você está procurando uma narrativa profunda, Striving for Light não é o jogo certo. A história é mínima, servindo apenas como pano de fundo para justificar o gameplay. Isso não é necessariamente ruim, já que o foco aqui está na jogabilidade repetitiva e viciante, mas pode desanimar quem gosta de um contexto mais elaborado.
Performance e Bugs: Um Pouco de Instabilidade
Durante o teste, o jogo travou algumas vezes, mas felizmente sem causar perda de progresso. Ainda assim, é algo que pode incomodar, especialmente em sessões mais longas. O suporte a controle também parece estar em fase inicial, então jogar com mouse e teclado acaba sendo a melhor opção no momento.

Veredito: Vale a Pena? Com Certeza!
Striving for Light não é perfeito. Tem suas limitações visuais, falta de explicações claras e alguns problemas técnicos. No entanto, o gameplay é tão viciante que esses defeitos acabam sendo ofuscados pela diversão de criar builds malucas e enfrentar desafios cada vez maiores.
Se você curte ARPGs e rogue-lites, esse jogo é uma ótima pedida, especialmente pelo preço. Pode não ter o polimento de um Diablo ou a complexidade de um Path of Exile, mas entrega uma experiência única que justifica cada hora investida.
Nota final: Recomendado para fãs do gênero que buscam algo novo e viciante.
E aí, vai encarar o desafio? Se já jogou, conta aí nos comentários o que achou do skill tree!
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